O que é
O termo inglês deepfake vem de deep (profundo), retirado de deep learning que é o aprendizado profundo, e fake (falso), podendo ser entendido como falsificações profundas.
Deepfake é uma técnica que usa a inteligência artificial para mesclar conteúdos verdadeiros como vídeos, áudios e fotos para gerar conteúdo falso.
As deepfakes são mais perigosas do que as fake news, pois têm como resultados manipulações de vídeos, imagens e áudios de pessoas o que as tornam mais difíceis de serem identificadas.
Como é feita
Para fazer essas adulterações é utilizada a tecnologia de redes neurais generativas. Os conteúdos criados distorcem a realidade, podem causar danos por violar dados pessoais, incorrer em crimes contra a honra e disseminar informações falsas.
Para gerar as falsificações, um aplicativo faz a coleta dos dados que podem ser áudios, imagens ou vídeos de uma pessoa e utiliza algoritmos de deep learning para treinar redes neurais artificiais que mapeiam expressões, timbres de voz e os movimentos da vítima.
Depois de testes e treinamentos, os conteúdos falsos vão se tornando cada vez mais convincentes e elaborados.
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Danos e prejuízos
Os criminosos usam diferentes técnicas para realizar as falsificações dos materiais como a substituição de rosto e clonagem de voz.
Várias pessoas famosas já tiveram fotos e vídeos adulterados e nesses materiais, muitas vezes, divulgavam conteúdos falsos o que afeta a imagem dessas pessoas que acabam tendo as suas imagens associadas à golpes.
São muito utilizadas ao redor do mundo na política para criar conteúdos falsos que influenciam as campanhas e os resultados das eleições.
Essas falsificações também fazem vítimas de vídeos com conteúdo sexual falso que podem ser usados para extorquir dinheiro ou denegrir a imagem das pessoas envolvidas.
No começo de 2024 ficou muito conhecido um caso de fraude que utilizou a deepfake para convencer um funcionário da área financeira de uma empresa a transferir US$ 25 milhões durante uma videoconferência com os golpistas que se passaram pelo diretor financeiro da empresa.
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Como se proteger
Se a qualidade da falsificação não for tão boa é possível identificar algumas falhas nos vídeos gerados observando algumas características como instabilidade na iluminação, alterações na tonalidade da pele, movimentos bruscos e falta de sincronização dos lábios com a fala.
Entretanto, em alguns casos é muito difícil saber se o conteúdo é realmente falso devido ao alto grau de sofisticação do material e, muitas vezes, é necessária a ajuda de profissionais para fazer essa identificação.
As empresas de segurança virtual estão aprimorando as barreiras de segurança como a criação de melhores algoritmos de detecção de deepfakes, mas essa corrida está longe de acabar.
Com o desenvolvimento contínuo das tecnologias, em especial da IA, que por um lado muito pode contribuir para a sociedade em diversas áreas, os criminosos usarão, cada vez mais, os avanços para o mal o que tornará os crimes cada vez mais sofisticados.
Por isso, é muito importante proteger muito bem os dados sensíveis e diminuir a exposição de informações na internet para dificultar a ação dos golpistas.
O uso de senhas fortes, verificação em dois fatores e backups regulares são alguns procedimentos importantes para garantir a proteção dos dados e ficar longe de se tornar uma vítima da deepfake.