Ransomware(sequestro de dados), malware (software malicioso) e golpes cada vez mais sofisticados e criativos preocupam pessoas e empresas que possuem seus dados na rede.
Nesses crimes, as vítimas têm os dados sequestrados e resgates são exigidos, dispositivos são bloqueados ou ainda os bandidos passam a aplicar golpes utilizando a identidade da vítima.
Quem nunca foi vítima desses golpes ou cibercrimes ou pelo menos conhece alguém que já foi?
O Brasil é o país da América Latina que sobre mais ataques cibernéticos com 487 mil ataques no país entre junho de 2023 e julho de 2024 e segundo a 35ª edição da Pesquisa Anual do Centro de Tecnologia de Informação Aplicada (FGVcia) sobre o Mercado Brasileiro de TI e Uso nas Empresas de 2024, o Brasil tem 480 milhões de dispositivos digitais.
Somente com esses dados já podemos começar a pensar se as pessoas conectadas têm noção do risco que correm, se sabem usar ferramentas de segurança ou possuem antivírus instalado, por exemplo.
É fato que nos últimos anos já houve várias conquistas referente à segurança cibernética e a LGPD foi um avanço importante, mas os crimes digitais continuam aumentando em número e complexidade.
A inclusão digital avançou muito no Brasil, entretanto a educação e conscientização digital está muito longe de garantir que as pessoas consigam se proteger das ameaças que rondam os seus dispositivos e os seus dados.
Muito se discute sobre a educação digital para crianças e adolescentes e essa é uma preocupação muito importante e um tema muito sério, entretanto temos que levar em conta que os adultos, muitas vezes, não estão preparados para se defender das ameaças do mundo virtual.
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Assim, pode-se pensar em uma forma de “analfabetismo digital”, pois crimes digitais e ameaças cibernéticas ainda são desconhecidas por grande parte da população. Por isso, essas pessoas se tornam mais vulneráveis.
Muitas dessas pessoas também estão nas empresas, por isso é importante que programas de treinamento de segurança cibernética sejam feitos para que os colaboradores sejam conscientizados sobre os riscos e saibam como se proteger e aos dados da empresa.
Além disso, seria importante que campanhas públicas de conscientização que atingissem a sociedade como um todo fossem realizadas, pois as pessoas precisam compreender a importância de navegarem por ambientes digitais seguros da mesma forma que se preocupam com a segurança no caminhos que percorrem no mundo físico.
Se o usuário não for treinado para usar os recursos corretamente, ele sempre deixará brechas para os cibercriminosos poderem agir, mesmo que a empresa tenha investido em segurança digital, pois os criminosos usam, por exemplo, até mesmo a engenharia social para conseguir informações por meio das pessoas que trabalham nas empresas.
Não é exagero afirmar que o elemento humano é uma coluna fundamental para a segurança digital. As pessoas estão no centro de vários processos e interações que passam pela segurança dos dados.
Por isso, é importante que estejam capacitadas para conhecerem e prestarem atenção nas ações para, por exemplo, não clicarem em links suspeitos ou compartilhar senhas, abrindo as portas para os cibercriminosos.
Nas tentativas de golpes e invasões, a engenharia social, que é a técnica de manipular as pessoas para obter dados e acesso aos sistemas, por meio das emoções como medo ou curiosidade, é muito utilizada.
Assim, é fundamental que seja criado nas empresas uma cultura de segurança digital, por meio de treinamentos e conscientização constantes, para que as pessoas entendam a importância de adotar comportamentos seguros. E, para que caso aconteça algum ataque, uma equipe bem treinada e preparada possa agir rapidamente para reduzir os danos e prejuízos.
Da mesma forma que o elemento humano despreparado pode colocar em risco a segurança das informações, pessoas bem treinadas e conscientes da importância do seu papel podem ser uma poderosa e eficiente barreira de defesa contra as ameaças e ataques digitais, aumentando o nível de proteção dos dados.