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WhoFi: a revolução invisível

Imagine um sistema capaz de identificar pessoas sem câmeras, sem reconhecimento facial e sem sensores visíveis, apenas analisando a forma como o corpo interage com os sinais Wi-FI?

 Esse conceito já existe e não é ficção científica!

O que é o WhoFi?

O WhoFi é uma tecnologia real, desenvolvida por pesquisadores da Universidade La Sapienza, em Roma, que promete transformar a forma como as pessoas são rastreadas e reconhecidas, sendo assim uma opção para os sistemas de vigilância que conhecemos que usam as câmeras de segurança.

A reidentificação não é um conceito novo, pois já era feita com a utilização de câmeras, mas com os sinais de Wi-Fi, o reconhecimento se torna invisível e não depende de iluminação e pode atravessar paredes, por exemplo.

Por não depender de câmeras, não sofre interferência de fatores externos como mudanças de ângulos, iluminação inapropriada, interferência de pareces e objetos que estejam no ambiente e não depende de vídeos

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 Como o WhoFi funciona?

O WhoFi utiliza sinais de Wi-Fi para reconhecer pessoas com base em como seus corpos interagem. O formato da onda sofre mudanças que são causadas pela presença e características físicas dos objetos e das pessoas que estão no ambiente.

Assim, ele não depende de imagens e analisa as Informações de Estado do Canal (CSI)  dados que revelam como os sinais se propagam e são distorcidos por obstáculos físicos, como ossos e órgãos.

Esses dados, processados por redes neurais profundas, transformam-se em identificadores biométricos, criando uma espécie de “assinatura digital” única para cada pessoa, que pode ser capturada e interpretada por algoritmos de inteligência artificial que analisam padrões dos sinais produzidos a partir da movimentação no ambiente.

Onde foi criado?

O sistema foi desenvolvido na Universidade La Sapienza, uma das instituições acadêmicas mais prestigiadas da Itália. O projeto foi testado com sucesso em ambientes com até 14 participantes, em diferentes cenários de roupas e acessórios, alcançando 95,5% de precisão na reidentificação das pessoas.

Quais os objetivos?

  • Substituir sistemas de vigilância convencionais, como câmeras, que são limitados por iluminação e ângulos.
  • Oferecer alternativas mais discretas para segurança em ambientes públicos e privados.
  • Aplicações comerciais, como marketing personalizado em lojas físicas.
  • Monitoramento em ambientes escuros ou com obstáculos físicos, onde câmeras não funcionam bem.

      Vantagens

  • Alta precisão na identificação de indivíduos.
  • Funciona no escuro e através de paredes.
  • Não depende de câmeras, preservando a privacidade visual.
  • Hardware acessível: os testes foram feitos com roteadores domésticos TP-Link N750.
  • Versatilidade de aplicação: segurança, varejo, saúde, entre outros.

      Desvantagens 

  • Privacidade: apesar de não usar imagens, o rastreamento constante levanta questões éticas sobre consentimento e uso de dados biométricos.
  • Potencial para vigilância abusiva, especialmente em ambientes residenciais ou governamentais.
  • Dependência de Wi-Fi: locais sem cobertura adequada não podem utilizar o sistema.
  • Desafios legais: regulamentações sobre coleta de dados biométricos ainda são incipientes.

 Conclusão

O WhoFi representa uma nova fronteira na tecnologia de identificação. Ao transformar sinais invisíveis em informações biométricas, ele desafia os limites do que entendemos por vigilância e privacidade. Como toda inovação disruptiva, seu sucesso dependerá não apenas da eficiência técnica, mas da forma como será regulamentado e aceito pela sociedade.

Com essa tecnologia, as pessoas seriam rastreadas e identificadas bem facilmente, mesmo sem a utilização do celular o qualquer outro dispositivo e, apesar de ser apenas um conceito, é importante que a sociedade esteja atenta e preparada para debater mais uma nova tecnologia e como ela poderá impactar, positiva ou negativamente, a vida e a privacidade das pessoas.

 

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